Os docentes do curso de enfermagem da Uniesp de Prudente, estão de acordo com a lei que proíbe o uso do jaleco fora do ambiente de trabalho. Para eles o assessório que é usado pelo profissional de saúde deve ser restrito apenas no local onde serão realizadas as atividades. No Estado de São Paulo, essa comportamento foi proibido por meio de uma lei estadual nº 14.466 , publicada no diário oficial dia 9 de Junho de 2011.
A peça é usada como proteção em caso de acidente de trabalho e na prevenção contra agentes infecciosos. Mas se não usado adequadamente, oferece risco tanto aos pacientes como para as outras pessoas. Para a professora do curso de enfermagem da Fapepe,Nice Nelli a lei é de grande importância. “Os profissionais devem ter a consciência que o jaleco é um equipamento de proteção tanto individual como para coletividade. Atualmente, estudos demonstram que as mangas e bolsos são as áreas mais contaminadas, por isso, pesquisadores acrescentam que os microorganismos podem sobreviver entre 10 e 98 dias em tecidos encontrados em hospitais, como algodão e poliéster”, pontua
Na Faculdade um dos grandes objetivos dos professores do curso de enfermagem é conscientizar desde o primeiro dia de aula. “Os alunos são ensinados e instruídos em relação ao uso do jaleco, para que seja privativo para as aulas de laboratórios e aulas práticas nos hospitais” fala Nice
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda que todos os profissionais devem utilizar o acessório só em ambientes adequados, pois a medida tem a finalidade de reduzir as infecções hospitalares. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em sua norma regulamentadora NR-32, que trata da segurança e saúde em serviços de saúde, diz que “os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e vestimentas utilizadas em suas atividades laborais”.
Muitos profissionais da área de saúde, não só em nossa cidade mas também nos grandes centros não tem essa consciência . É comum encontrar quem ainda descumpra a lei, e faz o uso do jaleco fora das instituições, até mesmo em ambientes com grande movimentação de pessoas. “É muito difícil mudar uma cultura, pois, as vezes tenho a impressão que não apenas os alunos de enfermagem mas como um todo na área da saúde, bem como os profissionais atuantes, adoram mostrar o poder do branco”.comenta a docente
Essa lei ainda não tem uma fiscalização adequada e precisa se regulamentada em alguns pontos. A punição é uma multa no valor de dez Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESP) – o equivalente a R$ 174,50, em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro. Pesquisas recentes no Estado de São Paulo indicaram a contaminação por micro-organismos relacionados a infecções respiratórias, cutâneas e gastrointestinais em 95% dos jalecos médicos, segundo informações do portal da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Alécio Oliane